"Era uma menina doce, com lampejos de inocência. Sentia-se frágil, acometida por sentimentos de gelo, frios, inócuos, como se fossem de mármore. Assim via as pessoas, os que a rodeavam. Não pareciam ter o mesmo sangue e a mesma sinceridade que ela. Deslocada, talvez, como que se tivesse sido abduzida aos 20 anos, para uma dimensão onde tudo era de plástico e frívolo. Artificial. Perdia-se no tempo, nos sentimentos, nos desejos. Enfim, estava certa de que o que sempre sonhara não encontraria ali. Quando, resoluta, decidiu experimentar do plástico. Embutiu-se em uma carapaça que parecia ser viscosa e dura, características aparentemente opostas, entretanto,para aquele mundo,complementares.Assim permaneceu por 20 anos. Experimentou dos mais variados sentimentos, claro que com sua devida proteção. Sentia e não sentia, tudo ao mesmo tempo. Forjava. Enganava a si e a todos. E todos se enganavam..."
segunda-feira, 2 de abril de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Arrependera-se Catão de haver ido algumas vezes por mar quando podia ir por terra. O virtuoso romano tinha razão. Os carinhos de Anfitrite são um tanto raivosos, e muitas vezes funestos. Os feitos marítimos dobram de valia por esta circunstância, e é também por esta circunstância que se esquivam de navegar as almas pacatas, ou, para falar mais decentemente, os espíritos prudentes e seguros.
Em palavras minhas:
P-E-R-F-E-I-T-O...
"E é também por esta circunstância que se esquivam..."
falando decentemente, diria:
F-A-N-T-Á-S-T-I-C-O !!!
Postar um comentário